No próximo dia 8/10, às 16h, a Fundação SM vai apresentar as principais conclusões da Pesquisa Juventudes no Brasil, um estudo que analisa as percepções das jovens e dos jovens brasileiros sobre a participação sociopolítica, valores, autopercepção, perspectivas de futuro sobre estudo e trabalho, principais atividades de cultura e lazer, religiosidade, migrações, diversidade, igualdade de gênero, o impacto das tecnologias nas relações e nos hábitos de consumo, bem como os principais medos e preocupações dessa jovem população.
A investigação foi coordenada pelo Observatório da Juventude na Ibero-América, e realizada em parceria com pesquisadores de três universidades públicas do Rio de Janeiro: UFF, UniRio e UERJ.
A publicação tem o objetivo de servir como material de referência e inspiração para instituições, educadores e todas as pessoas que atuam com processos educacionais e com o desenvolvimento integral da juventude. Também para os próprios jovens brasileiros envolvidos em trabalhos coletivos em seus territórios e que buscam novos caminhos de atuação social e política.
Quando: 8/10, sexta-feira
Horário: 16h
Onde: Facebook e YouTube da Fundação SM
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Nota do Blog:
A convite do Observatório da Juventude na Ibero-América (Fundação SM – Espanha), pesquisadores do campo dos estudos da juventude de três universidades públicas sediadas no Rio de Janeiro (UFF, UniRio e UERJ) constituíram equipe para analisar dados de um questionário aplicado a jovens brasileiros entre 15 e 29 anos no segundo semestre de 2019. O relatório descritivo-analítico que será lançado como livro no dia 08 de outubro constitui a seção brasileira do conjunto de estudos da rede ibero-americana de investigação que envolveu a escuta de jovens nos seguintes países: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Espanha, México, Peru e República Dominicana.
As entrevistas com os jovens foram realizadas pessoalmente entre os meses de agosto e setembro de 2019 nas cinco regiões do Brasil (Sul, Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Nordeste), compreendendo territórios urbanos e rurais. As questões apresentadas aos jovens foram comuns aos demais países ibero-americanos participantes da rede de investigação, à exceção de um bloco especial de perguntas formuladas pela equipe brasileira e adequadas às especificidades do país.
Foram realizadas 1.740 entrevistas utilizando-se uma amostra estratificada através da técnica probabilística de múltiplas etapas. A amostra foi assim distribuída: 50% homens, 50% mulheres; 90% dos entrevistados em áreas urbanas e 10% em áreas rurais (no Brasil, a distribuição da população se dá com 87% de seus habitantes em áreas urbanas e 13% em áreas rurais). Em relação à estratificação socioeconômica, a amostra foi distribuída pelos seguintes grupos: alto/médio alto (7,7%), médio (18,1%), médio baixo (22,9%), baixo (24,6%) e extrema pobreza (26,6%). O erro amostral do estudo foi estimado em 2,33%.
É importante ressaltar que as entrevistas foram realizadas em 2019 poucos meses antes de se instaurar globalmente a maior crise sanitária do século, provocada pela pandemia de covid-19. Essa pesquisa registra, portanto, as percepções e reflexões dos jovens brasileiros sobre sua geração e sobre o mundo em que viviam antes das grandes transformações que o isolamento social iria lhes impor.
Os impactos da pandemia vão permanecer por muito tempo nessa população, e esta pesquisa retrata justamente o momento de transição das juventudes brasileiras, trazendo à tona dados que já eram preocupantes e que foram intensificados com as restrições provocadas pela pandemia, tais como o fechamento das escolas, a falta de acessibilidade para acompanhar atividades remotas, o aumento do desemprego e os impactos na saúde mental.
Confira o sumário da pesquisa:
Sumário
1. Apresentação
2. Aspectos Sociodemográficos – Miguel Farah Neto
3. Marco Sociopolítico e confiança nas instituições entre jovens: desafios para o exercício da democracia no Brasil – Eliane Ribeiro; João Pedro da Silva Peres e Ana Beatriz Pinheiro
4. Sobre as coisas importantes da vida: flutuações entre valores, opiniões e experiências juvenis. – Regina Novaes e Anna Peregrino Levy
5. Auto percepção de jovens brasileiros sobre tolerância, liberdade e acesso à informação – Diógenes Pinheiro e Evelyn de Souza Lima
6. Escola e Trabalho – Mônica Peregrino e Juliana de Moraes Prata
7. Atividades realizadas no tempo livre por jovens no Brasil – Paulo Carrano e Maria Pereira
8. Jovens, religiões e religiosidade: mudanças e continuidades – Regina Novaes e Anna Peregrino Levy
9. Jovens brasileiros e percepções sobre migrações estrangeiras, tolerância e diversidade cultural – Ana Karina Brenner e Viviane Penso
10. Conclusão – Todos os autores
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