Um estudo do professor Francisco Soares (UFMG) demonstra que, em última instância, é o nível sócio-econômico dos alunos que determina as primeiras colocações das escolas no ENEM. Escolas de elite (públicas e privadas) pescariam os peixes grandes de sucesso escolar anunciado e jogariam fora, na hora da matrícula, os alunos bagrinhos de baixo capital sócio-econômico que atrapalhariam o desempenho das instituições na corrida do ENEM. Claro que isso não pode ser pensado como um plano maquiavélico decidido em reunião ou conselhos de classe, mas sim como uma dinâmica de escolarização perversa na qual o peso do sucesso estaria mais na seletividade do ingresso e menos nos processos de ensino-aprendizagem desenvolvidos no interior das escolas. Leiam a matéria da Folha de S.Paulo e tirem suas próprias conclusões. Estamos tentando conseguir o relatório da pesquisa com o professor Chico Soares.
Alunos ricos inflam nota de escolas particulares no Enem
ANTÔNIO GOIS
da Folha de S.Paulo, no Rio
22/03/2010 – 08h20
Os colégios privados, que sempre se destacam no ranking do Enem nas primeiras colocações, perdem a liderança para escolas técnicas públicas quando se considera o nível socioeconômico de seus alunos.
A conclusão é de um estudo inédito do especialista em avaliação Francisco Soares, da UFMG. Ele construiu um indicador do nível socioeconômico dos alunos de cada escola a partir de informações como escolaridade, ocupação, renda e acesso a bens de consumo por parte das famílias.
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